terça-feira, 20 de abril de 2010

Eyjafjallajokull


Uma fivela no cabelo trançado, o mar verde e azul. Enfiou os pés na areia e suspirou. Como queria aquele vestido laranja florido, comprou. Desde quando passou a comprar seus desejos, sem amedrontar-se com eles como a tartaruga que enfia a cabeça para dentro do casco? Quando é que a gente para de se importar com o que pensam os outros e usa botinas com vestido se dá vontade, toma uísque se dá vontade, sai de regata na chuva se dá vontade? Foi, enfiou os pés na areia, tomou água S. Lourenço porque a mãe ouviu a tia dizer que tem ferro e ferro é bom para evitar depressão. Tem um Eyjafjallajokull dentro de todos nós, e ninguém sabe dizer como se chama, e nem precisa.

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